A etapa do mais alto nível do Circuito Mundial de Voleibol de Praia (Beach Pro Tour) a realizar em Portugal terá enormes implicações na batalha pela qualificação olímpica para Paris 2024.
O Beach Pro Tour Espinho Elite16 arranca amanhã, com o estádio montado na Praia da Baía a ser palco das eliminatórias da fase de qualificação, que são disputadas por 16 duplas de femininos e igual número de masculinos, sendo que apenas quatro poderão integrar, na quinta-feira, o início da fase de grupos.
O jogos do Quadro Principal prolongam-se por sexta-feira. O sábado está reservado para os oitavos e quartos-de-final, com o domingo a ser marcado pelas meias-finais e jogos de atribuição das medalhas.
As finais serão transmitidas na RTP 2, enquanto vários outros jogos serão transmitidos na RTP Play.
Toda a informação em https://fpvoleibol.pt/bpt-espinho2024/
Entre os dias 22 e 26 de Maio, o Beach Pro Tour Elite16 de Espinho volta a atrair ao nosso País as melhores duplas mundiais de femininos e de masculinos de Voleibol de Praia e é, em termos cronológicos, a quarta etapa mais importante do Calendário do Circuito Mundial de Voleibol de Praia 2024 – ano olímpico – da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
A competição Elite16 representa o nível mais alto das etapas do Beach Pro Tour (Circuito Mundial de Voleibol de Praia), sendo disputada pelas 16 melhores duplas por género do mundo, numa luta acesa por manter a sua posição dentro deste grupo de elite mundial.
O torneio é disputado em quatro grupos de quatro duplas cada, ao que se segue a fase de grupos e a fase eliminatória, ao longo de quatro dias, num total de 64 jogos.
Nos torneios BPT Elite16 tudo é organizado ao mais alto nível e nada é descurado, desde a produção televisiva de alto nível a uma área para os fãs digna de um festival ou concerto musical. Ver mais informações AQUI
Para além disso, nas etapas de nível Elite16 do Circuito Mundial de Voleibol de Praia a classificação entre os primeiros é recompensada com mais pontos – p.e., uma vitória no Futures dá 200 pontos FIVB a cada atleta da dupla vencedora (400 no total) e no Challenge vale 400 (800 para a dupla), enquanto a prova de Elite16 atribui 600 pontos a cada jogador da dupla vencedora (1.200 no total).
Desde 1995, data da primeira edição do Espinho Open, Portugal acolheu 25 provas de âmbito mundial (organizadas sob a égide da FIVB) e 6 de âmbito europeu (Confederação Europeia de Voleibol – CEV) em masculinos e 20 provas FIVB e 6 CEV em femininos.
Em termos globais, em 2023 a edição da etapa espinhense foi a 18.ª de masculinos e a 13.ª de femininos, mas a FPV organizou várias outras competições internacionais em Cortegaça, Porto, Macedo de Cavaleiros, Porto Santo (Madeira) e Esposende, esta última em 2001, onde a dupla portuguesa José Pedrosa/José Teixeira se sagrou campeã europeia de Sub-23.
Ver competições internacionais de Voleibol de Praia organizadas em Portugal AQUI
O Beach Pro Tour Elite16 de Espinho tem tudo para ser um sucesso desportivo: reúne as melhores duplas mundiais, que podem conseguir na Costa Verde pontos importantes para as contas da qualificação olímpica, e terá transmissão televisiva em canal aberto, mais concretamente na Rádio Televisão Portuguesa (RTP).
João Pedrosa/Hugo Campos (Quadro Principal) e Gonçalo Sousa/Tomás Sousa (Qualificação), em masculinos, e Beatriz Pinheiro/Inês Castro (Quadro Principal), em femininos, são as duplas que irão representar o nosso País no Beach Pro Tour Elite16 de Espinho e que, recentemente, se classificaram respectivamente em 1.º e em 3.º lugar na CEV Beach Volley Nations Cup 2024 (Taça das Nações de Voleibol de Praia).
Ricardo Rocha, Seleccionador Nacional das duplas de masculinos, salienta:
“Jogar em casa é sempre uma motivação extra e nós queremos sempre dar uma boa imagem, seja qual for o nível do torneio. Neste caso, estamos a falar de uma competição Elite, o nível mais alto do Circuito Mundial, e a nossa dupla Pedrosa/Campos nunca jogou no Quadro Principal de um Beach Pro Tour Elite16.
O nosso objectivo é tentar passar a fase inicial, de grupos, o que é muito difícil pois estarão cá as duplas mais fortes a nível mundial, mas vamos lutar em cada jogo para vencer.
Sabemos que os pontos que conseguirmos amealhar neste torneio serão muito importantes em termos olímpicos e para a nossa qualificação para o Campeonato da Europa“.
Pedrosa e Campos estão a tentar entrar com força na nova época do Circuito Mundial de Voleibol de Praia (FIVB Beach Pro Tour), depois do importante 21.º lugar alcançado este ano no BPT Elite16 de Doha, e assim continuar a percorrer o caminho do apuramento para a 33.ª edição dos Jogos Olímpicos, agendada para os dias 26 de Julho a 11 de Agosto de 2024 em Paris, capital da França.
O caminho da dupla lusa, que almeja uma presença nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, tem sido recheado de bons resultados nos últimos anos: a medalha de bronze alcançada nos Jogos do Mediterrâneo pelos bicampeões nacionais juntou-se à medalha de ouro conquistada no Beach Pro Tour Challenge de Edmonton (Canadá), etapa do Circuito Mundial de 2023, naquela que foi a primeira vez que a dupla portuguesa subiu ao lugar mais alto do pódio numa etapa Challenge do Beach Pro Tour.
Um marco no percurso dos bicampeões nacionais em título e campeões mundiais universitários na caminhada que encetaram há poucos anos ao optarem pela prática do Voleibol de Praia ao longo de todo o ano, no que são apoiados pela Federação Portuguesa de Voleibol.
Beatriz Pinheiro e Inês Castro também não terão uma tarefa nada fácil no Quadro Principal de femininos, mas contam com o apoio entusiástico do público espinhense.
“Estamos conscientes dos desafios que vamos encontrar, mas encaramos isso como uma oportunidade de elevar o nosso desempenho ao máximo. Independentemente dos resultados, temos a certeza de que contaremos, mais uma vez, com o apoio dos portugueses durante toda a competição“, destacam.
A tarefa dos portugueses será tudo menos fácil.
Em masculinos, está previsto* que os bicampeões nacionais enfrentem, na Pool D do Quadro Principal, as duplas brasileiras George Wanderley/André Loyola e Evandro Gonçalves/Arthur Mariano, bem como um adversário proveniente da qualificação, enquanto Beatriz Pinheiro e Inês Castro, igualmente bicampeãs nacionais, defrontem* as fortes e experientes duplas Kristen Nuss/Taryn Kloth (Estados Unidos da América) e Katja Stam/Raisa Schoon (Países Baixos), bem como uma dupla sobrevivente da fase de qualificação, na Pool D do Quadro Principal.
Na Fase de Qualificação, os manos Gonçalo e Tomás Sousa defrontam amanhã (15h00) os norte-americanos Miles Evans e Chase Budinger.
“Após uma estreia internacional de sonho [apuramento para a final da Taça das Nações], temos a grande oportunidade de participar numa etapa Elite. Vamos defrontar as melhores duplas do mundo. Será certamente uma grande experiência e deixaremos tudo em campo para mostrarmos o nosso valor”, prometem.
Favoritos: a dupla-sensação formada pelos suecos David Ahman e Jonatan Hellvig, os brasileiros George Wanderley e André Loyola, vice-campeões em Espinho em 2019, sendo que George venceu a competição disputada no ano de 2017, Evandro Gonçalves e Arthur Mariano, ou os neerlandeses Stefan Boermans e Yorick de Groot, mas a proximidade da qualificação olímpica poderá causar algumas surpresas, com a superação de algumas duplas menos favoritas.
Favoritas: as duplas brasileiras Ana Patrícia/Duda (Eduarda Lisboa) e Carolina Solberg Salgado/Bárbara Freitas, estas as grandes vencedoras do Challenge de Espinho no ano passado; as norte-americanas Sara Hughes/Kelly Cheng e Kristen Nuss/Taryn Kloth, a chinesa Chen Xue/Xinyi Xia, a letã Tina Graudina/Anastasija Samoilova ou a suíça Tanja Huberli/Nina Brunner, sem esquecer as australianas Mariafe Artacho e Taliqua Clancy, que venceram competições do Circuito Mundial disputadas em Espinho nos anos de 2018 e 2022.
* tendo em consideração que poderá haver imprevistos motivados pela eventual ausência de uma ou outra dupla
Vicente Araújo, Presidente da FPV, Maria Manuel Cruz e Luís Canelas, Presidente e Vice-Presidente da CM Espinho
Reforçando os laços que unem as duas instituições, a Câmara Municipal de Espinho (CME) e a Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) assinaram este ano um protocolo de cooperação com vista à realização de mais uma grande competição internacional nas areias das praias de Espinho, nomeadamente a etapa do Volleyball World Beach Pro Tour 2024: o Beach Pro Tour Elite16 de Espinho.
O protocolo, que foi assinado pela Presidente da CME, Maria Manuel Cruz, e pelo Presidente da FPV, Vicente Araújo, no Salão Nobre da autarquia espinhense, simbolizou o momento de arranque do Beach Pro Tour Elite16 de Portugal, que volta a colocar Espinho na rota dos melhores atletas mundiais de Voleibol de Praia, após a cidade da Costa Verde ter acolhido, recentemente, etapas do Circuito Mundial de Voleibol de Praia (FIVB Beach Volleyball World Tour) em 2018, 2019 e 2022.
Maria Manuel Cruz, Presidente da Câmara Municipal de Espinho, destacou a profícua parceria com a FPV:
“O Voleibol e o Voleibol de Praia são extremamente importantes para Espinho, que eu chamo Capital do Voleibol. Este Executivo tem feito uma aposta muito forte no desporto e, como tal, receber este evento é de uma importância enorme para nós.
As expectativas são sempre altas. Já não é a primeira vez que recebemos o evento, mas sabemos que estamos entregues em mãos de profissionais e eu espero sempre cada vez mais e melhor pois é um acontecimento que atrai muitos jovens à cidade.
Resta-me desejar as maiores felicidades a todos, que a competição corra muito bem, as bancadas estejam sempre cheias e que os atletas da Selecção Nacional que são de Espinho consigam chegar aos Jogos Olímpicos, porque eu quero ir lá vê-los a Paris“.
Vicente Araújo, Presidente da FPV, recordou a importância, tradição e apetência que Espinho tem no Circuito Mundial de Voleibol de Praia:
“Espinho é já tradição no Voleibol de Praia. Nós, Federação, em colaboração com a Câmara de Espinho, organizamos desde os anos 90 [1995] eventos mundiais de Voleibol de Praia na Praia da Baía. Desta vez, a competição assume uma importância bem maior porque é um torneio de Elite e ainda atribui pontos para a qualificação olímpica. Daí a importância do Beach Pro Tour Elite16 de Espinho para ajudar a dupla Pedrosa/Campos a poder qualificar-se para Paris 2024.
Não é fácil, mas também não é impossível. Temos esperança e é por isso que organizamos este torneio numa data diferente, em Maio e não em Julho, sendo uma excelente oportunidade para a nossa dupla poder ganhar mais pontos no seu percurso para a qualificação olímpica e conseguir estar entre as primeiras 17 duplas do ranking mundial (FIVB) de modo a estar presente em Paris 2014.
Para além disso, esta etapa do Circuito Mundial é importante para a divulgação do Voleibol de Praia e do Voleibol e para motivar mais jovens para a prática do desporto, do Voleibol e do Voleibol de Praia a nível mundial e nacional, ao mesmo tempo que divulgamos o nome de Portugal e da cidade.
Espinho é mundialmente conhecido pelos atletas que jogam o Circuito Mundial, pois todos gostam de disputar aqui a competição. Nós estivemos parados dois anos e todos perguntavam quando é que voltavam a Espinho.
No ano passado, de acordo com a avaliação à organização feita pelos atletas e treinadores, Espinho esteve na frente das etapas mundiais e, juntamente com Gstaad [mítica prova realizada na Suíça], foi considerada a melhor prova do Circuito Mundial a nível de organização”.
Os JO de 2024 realizam-se de 26 de Julho a 11 de Agosto na icónica capital francesa e Portugal vai voltar a estar representado ao mais alto nível em mais uma edição olímpica.
Vicente Araújo, Presidente da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) e Presidente da Comissão de Voleibol de Praia da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), José Casanova, Secretário da Comissão das Regras de Jogo e Arbitragem da FIVB, e Rui Carvalho, árbitro internacional, são os portugueses que desempenharão funções de destaque no tão aguardado Paris 2024.
Tal como nas edições de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, Vicente Araújo será o responsável pelo Torneio de Voleibol de Praia ao exercer as funções de Delegado Técnico para o Voleibol de Praia designado pela Federação Internacional de Voleibol. Uma situação tradicional no currículo do dirigente, Membro do Comité de Controlo FIVB nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012, entre várias outras competições.
José Casanova, que será o responsável máximo pela arbitragem nos Jogos de Paris na qualidade de Membro do Comité de Controlo da competição de Voleibol de Praia, esteve presente em nove competições olímpicas: sete edições dos Jogos Olímpicos de Verão e mais duas edições dos Jogos Olímpicos da Juventude.
Rui Carvalho vai integrar o quadro de árbitros de Voleibol de Praia dos Jogos Olímpicos 2024, depois de já ter dirigido uma final do torneio olímpico, em Londres 2012 – a primeira edição olímpica em que participou –, e ter estado igualmente presente no jogo de atribuição do 3.º e 4.º lugar dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, e em 2023 na final de masculinos do Beach Pro Tour, em Doha, no Catar.
Árbitros portugueses em acção
nas competições de Voleibol de Praia
José Casanova
Comité de Controlo dos Jogos Olímpicos 2024, em Paris (França), de 27 de Julho a 10 de Agosto.
Avelino Azevedo
Delegado de Arbitragem nas fases finais dos Campeonatos da Europa de Seniores Masculinos e Femininos, de 13 a 18 de Agosto, nos Países Baixos.
Rui Carvalho
Final da Taça das Nações – Masculinos, em Jurmala, na Letónia, de 13 a 16 de Junho.
Beach Pro Tour Elite16 de Espinho, de 22 a 26 de Maio.
Beach Pro Tour Elite16 de Ostrava, na Chéquia, de 4 a 9 de Junho.
Jogos Olímpicos 2024, em Paris (França), de 27 de Julho a 10 de Agosto.
Sandra Deveza
Beach Pro Tour Elite16 de Espinho, de 22 a 26 de Maio.
Beach Pro Tour Elite16 Gstaad, na Suíça, de 3 a 7 de Julho.
Finais do Campeonato da Europa de Seniores Masculinos, de 14 a 18 de Agosto, nos Países Baixos.
BPT Elite16 Hamburgo, na Alemanha, de 21 a 25 de Agosto de 2024.