A Selecção Nacional de Seniores Masculinos está a afinar os últimos pormenores da sua preparação para o Campeonato do Mundo de 2025, que se realiza nas Filipinas entre 12 e 28 de Setembro. A comitiva portuguesa viaja quarta-feira rumo a Bucareste, capital da Roménia, onde realizará mais jogos de preparação com a selecção local. A viagem segue-se a uma série de jogos particulares vitoriosos com as Filipinas, que serviram para dar ritmo a todo o grupo.
A comitiva portuguesa viaja amanhã (10h50) do Porto rumo a Bucareste (Roménia), onde chegará pelas 20h25 locais, via Istambul (Turquia). Os jogos-treino com os romenos estão agendados para os dias 29, 30 e 31 de Agosto, todos às 16h30 portuguesas.
O Seleccionador Nacional, João José, reforçou a importância da próxima fase de preparação:
“Os jogos-treino com as Filipinas correram dentro das expectativas. Foram três jogos positivos que nos permitiram colocar e dar jogo a todos“, disse, sublinhando que a Selecção está agora focada em desafios mais exigentes.
“Na Roménia, será a continuidade do trabalho, serão jogos mais exigentes que nos vão colocar outro tipo de problemas e contrariedades que teremos de resolver“, explicou.
A transição para jogos fora de casa é vista como um passo crucial.
“A exigência irá aumentar pois tivemos estas primeiras semanas a treinar em casa e estes serão os primeiros jogos fora de casa e com uma selecção competitiva. Serão três jogos bons para perceber o momento do grupo de trabalho e a continuação da preparação do mesmo“, afirmou João José.
A comitiva, com 14 jogadores, partirá de Bucareste com destino às Filipinas no dia 1 de Setembro. Os jogos da Selecção Nacional serão todos transmitidos em directo na RTP 2, bem como as meias-finais e a final. Todos os outros jogos serão transmitidos na RTP Play.
A ambição de uma nova geração
Portugal regressa ao palco do Voleibol mundial com a ambição de se afirmar, integrando uma Pool D bastante exigente. Nesta terceira participação na fase final do Campeonato do Mundo, a equipa das quinas terá como adversários os Estados Unidos, Cuba e Colômbia. O Seleccionador Nacional, que em 2002 fez parte da selecção que alcançou um histórico 8.º lugar no Mundial da Argentina, mostra-se realista em relação às dificuldades, mas não esconde a ambição.
“Há duas selecções que não precisam de apresentação, são Cuba e Estados Unidos. São duas candidatas a medalhas. Temos de ser realistas, mas também ambicionar e aceitar o desafio de conseguir passar aos oitavos-de-final“, destacou João José, que em 2002 foi considerado o melhor blocador (central) do Mundial.
Para isso, Portugal terá de terminar o grupo entre os dois primeiros classificados. A estreia será no dia 13 de Setembro, às 6h30 de Portugal, frente a Cuba, seguindo-se o jogo com os Estados Unidos (15 de Setembro, 14h00) e a Colômbia (17 de Setembro, 3h00).
Este regresso aos grandes palcos é visto como o resultado de uma aposta numa nova e promissora geração de jogadores. A qualificação directa para o Campeonato do Mundo de 2025 e para o Campeonato da Europa de 2026, devido à sua boa posição nos rankings, é prova da consolidação do estatuto de Portugal no panorama do Voleibol internacional. O desempenho na European Golden League de 2025, embora sem ter alcançado a Final Four, serviu para dar uma valiosa experiência internacional aos jovens jogadores, como José Pedro Pinto, Nuno Marques, Bruno Dias e André Pereira, que demonstraram resiliência e maturidade.
A qualificação directa para o EuroVolley 2026 é um marco para a modalidade, sendo a quarta presença consecutiva de Portugal na fase final da competição, um feito que confirma a sua consistência entre as principais potências europeias. Com uma base sólida de jovens talentos e a experiência que será adquirida no Mundial, a Selecção Nacional pode continuar a olhar para o futuro com optimismo, determinada a continuar a ser protagonista nos grandes palcos internacionais.
Equipa técnica
Chefe de Delegação – Murilo Augusto
Treinador Principal – João José
Treinador Adjunto – Manuel Silva
Treinador Adjunto – Ricardo Lemos
Preparador Físico – João Fidalgo
Fisioterapeuta – Hélder Vasco
Atletas convocados*
Castêlo da Maia GC
Guilherme Menezes
Leixões SC
André Pereira
Rafael Santos
SL Benfica
Tiago Violas
Ivo Casas
Sporting CP
Gonçalo Sousa
Kelton Tavares
CV San Roque Batán (Espanha)
José Pinto
Nice Volley-Ball (França)
Bruno Dias
St. Nazaire VB Atlantique (França)
Lourenço Martins
Tokyo Great Bears (Japão)
Alexandre Ferreira
Nova Technology Lycurgus BV (P. Baixos)
Nuno Marques
Aluron Warta Zawiercie (Polónia)
Miguel Tavares Rodrigues
SC Municipal Zalau (Roménia)
Filip Cveticanin
*Clube em 2024/2025
Integrado na Pool D, Portugal defronta adversários de peso na fase final do Mundial 2025. A estreia será frente a Cuba, no dia 13 de Setembro, às 6h30 portuguesas, reeditando confrontos históricos na Liga Mundial. Segue-se, no dia 15 de Setembro, às 14h00, o jogo com os Estados Unidos da América, uma equipa que dispensa apresentações, sendo a 3.ª no ranking mundial e medalha de bronze na Olimpíada de Paris. O percurso na fase de grupos encerra com o jogo frente à Colômbia, no dia 17 de Setembro, às 3h00.
O objectivo é claro: terminar entre os dois primeiros do grupo para continuar a avançar numa competição que, este ano, se disputa num novo formato com 32 selecções.
A qualificação para o Campeonato do Mundo não seria tão entusiasmante sem o contexto da European Golden League (EGL) de 2025. Embora a equipa não tenha chegado à Final Four, a campanha foi crucial para a afirmação de uma nova e talentosa geração de jogadores, que demonstrou o potencial do futuro do Voleibol português.
A EGL serviu como uma valiosa plataforma para a transição dos jovens atletas das selecções de formação para a equipa principal. A resiliência, a capacidade de crescimento e a maturidade demonstradas por estes jovens em contexto internacional foram notáveis. Nomes como José Pedro Pinto e Nuno Marques confirmaram a aposta, enquanto despontaram outros talentos vindos de selecções mais jovens, dos quais Bruno Dias, eleito MVP num dos jogos cruciais, e André Pereira são os casos mais flagrantes.
Esta aposta na juventude, aliada ao trabalho de base que tem sido desenvolvido, está a dar frutos. O desempenho na EGL é a prova de que o Voleibol português está no caminho certo, construindo uma base sólida para competir a patamares mais elevados nos próximos anos.
A crescente consistência da Selecção Nacional é confirmada pela sua qualificação directa para o Campeonato da Europa de 2026. Esta será a oitava presença de Portugal na fase final da competição, e a quarta consecutiva, um feito que sublinha a sua consolidação entre as principais potências do continente.
A qualificação directa, que evita a fase preliminar, é um reconhecimento da excelente classificação de Portugal no Europeu de 2023 (10.º lugar) e da sua posição no Ranking da Confederação Europeia de Voleibol (CEV). O EuroVolley de 2026 será disputado em quatro países – Itália, Bulgária, Finlândia e Roménia – e contará com as 24 principais selecções do Velho Continente.
Com a experiência de alto nível no Campeonato do Mundo e a base sólida de jovens jogadores que se destacaram na European Golden League, a equipa portuguesa olha para o futuro com optimismo. O sonho de continuar a ser um protagonista nos grandes palcos internacionais está nas suas mãos, e a nova geração tem o talento e a determinação para o transformar em realidade.