BÉLGICA LIDERA TORNEIO WEVZA

O Torneio Internacional de Sub-17 Femininos da WEVZA arrancou hoje, prolongando-se até sábado, no Pavilhão Municipal de Adães, em Barcelos. Um evento imperdível para todos os seguidores da modalidade, já que esta é a oportunidade de ver em acção o futuro do Voleibol feminino, com as selecções de Sub-17 de Portugal, Bélgica, Espanha e Itália a competirem pelo título de vencedoras da prova. Todos os jogos podem ser seguidos em directo na Volei TV

A Selecção Nacional de Sub-17 Femininos, orientada por Diogo Pereira, estreou-se frente à Bélgica no Torneio WEVZA. Apesar de o nível exibido pelas equipas presentes ser elevado, com jogadoras de apenas 15 anos de idade mas com uma constituição física impressionante para a idade, já perto dos 1,90 metros de altura (italianas e belgas), o resultado frente à Bélgica não estaria nas previsões.

Portugal x Bélgica, 0-3 (20-25, 13-25 e 17-25)

1.º Set
A Selecção Nacional de Sub-17 Femininos, orientada por Diogo Pereira, inaugurou o marcador com um ataque de Gabriela Lopes, jogadora que manteve Portugal na frente com um serviço directo (5-3).
As portuguesas lideravam o marcador (10-7), mas não conseguiram suster a reacção da Bélgica, que igualou com um bloco de Hannah Maes e passou a acumular pontos na liderança do marcador (15-10).
A eficácia do bloco e a agressividade do seu serviço, eram as armas mais potentes da formação orientada por Jo Wittevrongel. Um ataque de segunda linha de Lotte Vandeven aumentou ainda mais a contagem (18-12).
Um serviço directo da capitã Matilde Soares ainda amenizou a distância (19-15), mas as belgas voltaram à carga (21-15).
Um serviço de Raquel Gonçalves trazia novamente Portugal para a luta (22-18), mas o treinador belga pediu logo tempo para cortar o ímpeto lusitano.  Debalde, pois Portugal aproximou-se ainda mais (22-20)… antes de desperdiçar no ataque as últimas esperanças.
Mais confiantes, as belgas fixaram o resultado do primeiro parcial com um ataque de Louise Irigaray: 25-20.

2.º Set
A motivação extra da reviravolta do primeiro set permitiu às belgas colher logo alguns frutos, dando força ao seu bloco (8-3, 10-4).
Paralelamente à eficácia da sua defesa alta, Lotte Vandeven ia somando pontos no ataque (15-5)… e no serviço (20-10).
O resultado desnivelado recompensa a maior eficácia da Bélgica no bloco e ataque: 25-13.

3.º Set
O terceiro e último set foi o mais equilibrado, logo desde a raiz (8-8). Contudo, um ataque de Ayiana Hall fez a Bélgica descolar um pouco e fugir (14-12). A partir daí, as belgas foram galgando terreno (22-14) até aos 25-17 finais.

A belga Ella Joossen, com 12 pontos, e a portuguesa Gabriela Lopes, com 11, foram as melhores pontuadoras das respectivas equipas. Ver estatística aqui

Diogo Pereira, Selecionador Nacional:
“Tínhamos um plano de jogo bem definido para esta partida. Não nos desviámos muito dele. O que aconteceu foi que estivemos significativamente abaixo do nosso nível habitual nos fundamentos de serviço e recepção, o que não é comum para nós. Nos jogos de treino, mostrámos um grande equilíbrio nestes aspectos e sempre que trabalhamos com objectivos e sequências específicas, somos consistentes. Isso não se verificou hoje, pois cometemos muitos erros no serviço.
Houve momentos, em formações de controlo e de plano, em que perdemos imediatamente o controlo da bola, cedendo pontos de forma gratuita. Nestas selecções tão jovens, o serviço e a recepção são cruciais. A equipa adversária tinha, claramente, uma estrutura física superior à nossa, e temos de aprender a lidar com isso, a jogar contra blocos altos. No entanto, se não dominarmos os princípios básicos do serviço e recepção, ficamos imediatamente em desvantagem.
Do ponto de vista mental, notamos um crescimento nas atletas. Estão a habituar-se a esta realidade, pois é a primeira vez que muitas delas vivenciam um registo de selecção e de estágio concentrado. Já realizámos um pequeno estágio com a Espanha e agora estamos neste torneio; elas precisam de se adaptar a esta dinâmica. Têm de aprender a gerir o dia seguinte a uma derrota, e também a uma vitória, caso aconteça, e focar-se no próximo desafio. O nosso plano agora é para o próximo jogo.”

Portugal defronta amanhã, pelas 18h00, a forte formação espanhola.

“Vamos passar a noite a preparar o jogo de amanhã contra a Espanha. Temos algumas referências, até porque algumas das atletas que estão aqui já nos defrontaram na Páscoa. A Espanha mostrou-se muito bem hoje contra a Itália, e mesmo perdendo por 3-0, equilibrou os sets e fez um jogo muito ambicioso. Temos de tentar identificar os seus pontos mais fracos, mas, acima de tudo, o foco principal tem de ser no nosso próprio jogo, nos nossos fundamentos de serviço e recepção, para que o nosso plano se complemente.
Em termos de plano e ideias, não nos afastámos muito do que tínhamos estabelecido. Houve apenas uma alteração pontual, com uma jogadora que não tinha participado nos jogos de treino, mas isso não mudou a essência do nosso jogo. Contudo, se não cumprirmos a nossa parte, de nada adianta preocuparmo-nos com a dos outros.”, concluiu.

O 1.º dia de competição abriu com a vitória da Itália frente à Espanha, após um jogo que teve momentos de bom Voleibol e que já deu para ver o nível, elevado para a idade, de algumas atletas, que sobressaem das demais.

Espanha x Itália, 0-3 (23-25, 16-25 e 19-25) 

1.º Set
A Itália entrou da melhor maneira no jogo, com um serviço de Seyna Gaye a inaugurar o marcador. A Espanha reagiu e passou para a liderança com um ataque de Elizabeth Uwagboe (3-1).
As formação transalpina não acusou o golpe e voltou a forçar nas acções ofensivas, igualando e, pouco depois, já liderava novamente o marcador (9-5).
Com espírito de resiliência dos ibéricos, as espanholas cerraram os dentes, abriram as garras e igualaram aos 11 pontos, recuperando o comando do jogo logo depois (14-12).
Com Anita Tessariol no serviço, a Itália adiantou-se (19-16 e 22-18), obrigando o seleccionador espanhol José Manuel González a reunir com as suas pupilas.
A conversa surtiu efeito e, com um serviço directo de Lidia Gonzalez, a Espanha aproximou-se (22-20). A vencer por 24-21, a Itália tremeu e apenas ousou respirar de alívio quando a central Zoe Airhienbuwa fez, no ataque, o 25-23 final.

2.º Set
Um início novamente pautado pelo equilíbrio, mas com a Espanha a lograr desfazer uma igualdade a 6 pontos e a distanciar-se (9-6).
As italianas conversaram com o treinador Stefano Gregoris, acertaram agulhas (19-16) e partiram rumo a novo triunfo, este bem mais fácil do que o primeiro: 25-16, com um serviço directo de Laila Cantoni e um bloco de Zoe Airhienbuwa.

3.º Set
O terceiro e último parcial teve outra história. Extravasando a sua confiança, as transalpinas foram somando pontos, quer no serviço quer no ataque, e cedo (10-3) se distanciaram das espanholas, que, por seu turno, acumulavam erros na defesa e no ataque.
Contudo, quando as ibéricas começaram a acertar o serviço e o ataque, as jovens italianas acusaram algum nervosismo e permitiram a aproximação das suas adversárias, que fizeram a igualdade (14-14) com dois um serviços directos de Alicia Ojea.
E seria novamente a central Zoe Airhienbuwa a rubricar, no ataque, o último ponto: 25-19.

A italiana Bianca Legrenzi, com 11 pontos, e a espanhola Elizabeth Uwagboe, com 10, foram as melhores pontuadoras das respectivas equipas. Ver estatística aqui

No final, o Stefano Gregoris, seleccionador italiano, salientou:
Estamos obviamente muito contentes por termos começado a competição com uma vitória por 3-0. Para muitas das nossas jogadoras, este foi o primeiro jogo internacional e, por vezes, conseguimos ver e sentir o seu nervosismo. 
Agora, vamos ver o jogo da Bélgica com Portugal, estudar a forma de jogar das nossas próximas adversárias e amanhã de manhã faremos um treino específico para nos prepararmos para o jogo com a Bélgica.”

Todas as informações sobre o torneio AQUI

Calendário

4.ª feira
15h00 – Espanha x Itália, 0-3
18h00 – Portugal x Bélgica, 0-3

5.ª feira
15h00 – Itália x Bélgica
18h00 – Espanha x Portugal

6.ª feira
15h00 – Bélgica x Espanha
18h00 – Itália x Portugal

Sábado
15h00 – 3.º Classificado x 4.º Classificado
18h00 – 1.º Classificado x 2.º Classificado

O Supervisor da competição será Teodemiro Carvalho, da FPV, e a equipa de arbitragem será formada por Paul Herbots (Bélgica), Aday Gonzalez Arencibia (Espanha), Veronica Papadopol (Itália) e Filipa Araújo (Portugal). Acreditações de jornalistas através do email: jorge.castro@federacaoportuguesavoleibol.pt

CONVOCADAS

ADRE Praiense
Margarida Vaz

Ala de Nun’Álvares de Gondomar
Inês Parreira
Matilde Soares

Castêlo da Maia GC
Matilde Costa Silva

Clube K
Raquel Gonçalves

GD Estoril Praia
Catarina Serrano

Leixões SC
Gabriela Lopes
Laura Afanas
Maria Júlia Cunha

PEL’AMORA SC
Beatriz Pereira

PV/Colégio Efanor
Jade Silva
Laura Santos
Leonor Moutinho

SC Espinho
Ema Mello

EQUIPA TÉCNICA

Team Manager: Leonel Salgueiro.
Treinador Principal: Diogo Pereira.
Treinador Adjunto: Manuel Silva.
Scouter: João Campos.

*Mais conhecida pela sigla WEVZA, a Western European Volleyball Zonal Association (Associação Zonal de Voleibol do Oeste Europeu ) foi constituída no dia 26 de Setembro de 2013, integra oito países – Portugal, Espanha, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, França e Suíça – com o objectivo primordial de fortalecer e fomentar a organização de actividades desportivas, tanto de Voleibol como de Voleibol de Praia, com especial ênfase nas categorias de formação. A Confederação Europeia de Voleibol (CEV) conta com seis associações zonais: a WEVZA (Europa Ocidental), a BVA (Balcãs), a EEVZA (Europa de Leste), a MEVZA (Europa Central), a NEVZA (Europa do Norte) e ainda a SCD (Divisão dos Pequenos Países), da qual fazem parte Andorra, Chipre, Ilhas Faroé, Gibraltar, Gronelândia, Islândia, Irlanda, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mónaco, Irlanda do Norte, San Marino, Escócia e País de Gales.

Mais informações: www.wevza.com

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