
A Selecção Nacional de Sub-17 Masculinos vai disputar, entre 31 Março a 4 de Abril, o Torneio da WEVZA – de qualificação para o Campeonato da Europa da categoria, a realizar em Vibo Valentia, em Itália.
A equipa técnica liderada por Nuno Pereira convocou os seguintes 12 atletas:
AA Espinho
Carlos Ramos
Jorge Marques
AA S Mamede
Manuel Catarino
Miguel Morais Pereira
CV Oeiras
Diogo Fevereiro
Esmoriz GC
Gustavo Sousa
Esc. Latino Coelho
Rafael Esperanço
SC Espinho
Francisco Mendes
Miguel Pedrosa
Leonardo Pereira
VC Viana
João Salgueiro
José Rafael Oliveira
Mais detalhes sobre os atletas aqui
Nuno Teixeira, da Associação de Voleibol de Braga, integra a equipa de arbitragem no Torneio WEVZA em Vibo Valentia.
A comitiva portuguesa parte para Itália no dia 29 de Março (plano de voo):
29-03-2021 – TP1945 – Porto / Lisboa – 05:05 / 06:00
29-03-2021 – TP0834 – Lisboa / Roma-FCO – 07:25 / 11:20
29-03-2021 – TP7143 – Roma-FCO / Lamezia Terme-SUF – 17:20 / 18:30
O regresso está previsto para o dia 5 de Abril:
05-04-2021 – TP7152 – Lamezia Terme-SUF / Roma-FCO – 11:15 / 12:25
05-04-2021 – TP0833 – Roma-FCO / Lisboa – 17:30 / 19:35
05-04-2021 – TP1928 – Lisboa / Porto – 23:25 / 00:20 (+1)

Nuno Pereira, que num passado bem recente conseguiu o apuramento para o Campeonato da Europa das selecções de Sub-20 e Sub-18 masculinos, mas que cujo trabalho foi afectado pelas condicionantes provocadas pela pandemia de COVID-19, só tem um pensamento: apurar os Sub-17 masculinos para a 2.ª fase de qualificação e, depois, para o Campeonato da Europa da categoria.
– Quais são os objectivos de Portugal, tendo em consideração a pool em que está inserido (Itália, equipa da casa, Espanha, um adversário conhecido, e Alemanha)?
“O objectivo principal de Portugal no Torneio da WEVZA é garantir o apuramento para a segunda fase, que se disputa já em Maio. O Torneio da WEVZA é muito competitivo, apresentando as melhores selecções da Europa, pelo que será sempre uma tarefa difícil, mas, simultaneamente, muito desafiadora.
A Pool em que estamos inseridos é muito forte. O nosso primeiro adversário é a Alemanha, e é um adversário forte fisicamente, mas Portugal, no passado recente, tem sabido explorar muito bem as suas fraquezas. No segundo dia, defrontaremos a Espanha, uma selecção parecida com a nossa, em termos técnicos e físicos, mas que nos últimos anos Portugal tem conseguido vencer. No terceiro dia, será a vez da equipa da casa, a Itália. Por norma, as selecções italianas são muito boas, com jogadores evoluídos técnica e tacticamente, com grande experiência em termos internacionais e habituados a grandes competições. Portugal também tem as suas mais-valias e iremos disputar este jogo, bem como todos os outros, com organização, garra e convicção, de acordo com os nossos objectivos“.
– A Alemanha é o primeiro adversário; o que será preciso fazer para superar uma equipa previsivelmente forte e alta?
“A Alemanha, por norma, é uma selecção com uma estatura muito alta e com um modelo de jogo caracterizado por uma organização ofensiva não muito rápida, mas com um Complexo II (Serviço e Bloco/Defesa) muito forte. Uma das caraterísticas da Selecção Alemã é apresentar muitos erros não forçados, principalmente na recepção, o que Portugal terá de saber explorar muito bem com um serviço agressivo e consistente e uma tomada de decisão assertiva ao nível da organização do bloco e da defesa. «Hard work beats talent if talent doesn’t work hard» é o lema dos atletas da Selecção Nacional de Sub-17 Masculinos”.
“A pandemia trouxe a incerteza do amanhã”
– Com os treinos, e a própria competição, a decorrerem num ambiente pandémico fortemente condicionado, sobressaiu algum aspecto positivo, apesar de tudo?
“Estamos a viver uma época difícil para todos. O Desporto, em geral, e o Voleibol, em particular, tem sofrido bastante face aos constrangimentos que existem. No que diz respeito à Selecção de Sub-17, o trabalho desenvolvido tem sido adaptado a estes constrangimentos.
Na época passada, não foi possível realizar as observações para a detecção de talentos desportivos, porque não era possível ir aos clubes assistir aos treinos, jogos e às fases finais.
A Selecção de Sub-17 iniciou o processo de detecção de talentos a 3 de Agosto de 2020 e durante este mês procurou definir o grupo-base. A partir do final de Setembro, passámos todos a treinar com máscara e foi necessária uma adaptação dos atletas e da equipa técnica, porque o treino perdeu muita intensidade.
Ao longo destes meses a Federação Portuguesa de Voleibol tem-nos dado todas as condições para que possamos trabalhar em busca do objectivo final, que é estar, uma vez mais, entre as melhores selecções da Europa, ou seja na Fase Final do Campeonato da Europa.
A pandemia trouxe a incerteza do amanhã, o olhar para o colega do lado e não saber se está infectado e isto é algo difícil de encarar, porque podemos estar a trabalhar muito e bem e nas vésperas da competição aparecer um caso positivo de COVID-19 e todo o grupo ficar de quarentena. Assim, é difícil ver aspectos positivos, mas realço este como único aspecto positivo que a pandemia trouxe foi tornar-nos mais solidários, valorizar mais a liberdade que tínhamos e trabalhar mais focados nos objectivos.
Aproveito para desejar boa sorte à Seleção de Sub-16 Femininos e que também consiga alcançar os objectivos que traçaram”.
Os treinos regulares têm sido efectuados na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, e integram-se na preparação para as competições da Associação Zonal de Voleibol do Oeste Europeu (Western European Volleyball Zonal Association).
Mais conhecida pela sigla WEVZA, a Associação Zonal de Voleibol do Oeste Europeu foi constituída no dia 26 de Setembro de 2013, integra oito países – Portugal, Espanha, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, França e Suíça – e tem actualmente como Presidente o português Vicente Araújo, Presidente da FPV, e como Vice-Presidentes o francês Eric Tanguy, Presidente da Federação Francesa, e o belga Claude Kriescher, representante da Federação Belga.
O objectivo primordial desta associação zonal é fortalecer e fomentar a organização de actividades desportivas, tanto de Voleibol como de Voleibol de Praia, com especial ênfase nas categorias de formação.
A Confederação Europeia de Voleibol (CEV) conta com seis associações zonais: a WEVZA (Europa Ocidental), a BVA (Balcãs), a EEVZA (Europa de Leste), a MEVZA (Europa Central), a NEVZA (Europa do Norte) e ainda a SCD (Divisão dos Pequenos Países), da qual fazem parte Andorra, Chipre, Ilhas Faroé, Gibraltar, Gronelândia, Islândia, Irlanda, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mónaco, Irlanda do Norte, San Marino, Escócia e País de Gales.